terça-feira, 25 de novembro de 2008

Poema terra


Terra mista de chamas e de frialdade
Chora azul, chora pó sedento de pão.
De tuas lágrimas, vejo renascer o mundo.
Cada gota provinda de teus olhos
Torna-se oceano para o martirizado navegante.
Morre, terra, morre ventre acolhedor.
De tua morte brotam sonhos,
Sonhos que se frutificam em forma de vida.
Enquanto a terra morre, nascem grãos fecundos.
Ora, mãe, se és tão imensa,
Por que, então, a fome, a seca, a ganância,
Crescem na mesma dimensão?
Talvez responderia que seca maior
Agoniza no coração do homem,
Este ser movido pela ambição.
Esta máquina mortífera,
Que dia após dia cava o buraco de sua própria morte.
Corpos parcialmente esqueletizados
Padecem de fome e de afetoInfinitos são os rostos
Clamando por um único suspiro de vida.
A carne já não penaliza-se com a dor
A carne já está fria, já não come,
Não respira, não reza,
Apenas se decompõe
E torna-se grão de volta à terra
Esta mesma terra que o fez nascer.
Mas embora a matéria seja efêmera,
Cortada, lesada, mutilada,
Escravizada, injustiçada, amordaçada,
Flagelada, crucificada e enterrada,
Não há morte capaz de apagar a essência da alma.
Este cálice de esperança que roga intensamente por paz.
Não a paz dos homens,
Não a paz das elites,
Ou dos que se julgam isentos de pecados.
A paz que a alma tanto suplica está no silêncio
E na sensibilidae dos humildes.

O Dia da terra


O Dia da Terra foi criado em 1970, pelo Senador norte-americano Gaylord Nelson, que convocou o primeiro protesto nacional contra a poluição, protesto esse coordenado a nível nacional por Denis Hayes. Esse dia conduziu à criação da Agência de Protecção Ambiental dos Estados Unidos (EPA).
A partir de 1990, o dia 22 de Abril foi adoptado mundialmente como o Dia da Terra, dando um grande impulso aos esforços de reciclagem a nível mundial e ajudando a preparar o caminho para a Cimeira do Rio (1992).
Actualmente, uma organização internacional, a Rede Dia da Terra coordena eventos e actividades a nível mundial que celebram este dia.

O dia da Terra não é só dia da terra, mas da água, dos seres vivos que aqui habitam, o dia da Terra deve ser um importante tempo de reflexão. Reflexão de como temos nos comportado, como seres inteligentes que somos, para uma proposta real de planejamento presente e futuro para os que aqui dividem esse espaço.Reflexão de como temos agido em relação aos conhecimentos científicos que já existem e que alardam sobre os perigos a que estamos submetendo nosso planeta e a sobrevivência de diversas pessoas.Reflexão de como temos feito nossa parte, de como temos reciclado nosso lixo, reduzido nosso consumo e reutilizado o que parece muitas vezes não ter mais utilidade.Reflexão de como temos instruído e informado pessoas sobre como ser mais ativo e atuante, realizando mudanças reais no nosso estilo de vida.Reflexão de como temos sido parte dessa Terra, nossa Gaia.
Que o dia da Terra sirva como marco de um novo pensamento, mais moderno, mais humano, mais real, mais tecnológico. Que seja o marco de uma vida mais simples, mais tranquila, mais consciente. Mas que também seja o marco do menos. Menos egoísmo, menos consumo, menos poluição.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

A terra e os Lusiadas

Aqui estão todas as vezes em que a simples palavra terra aparece nos Lusíadas. A Terra é tão importante e especial que os homens ate se inspiram nela para escrever, tal é o seu desejo que ate guerras travam para a possuir, ate perigos correm para a descobrir.

Preposição

2º “As armas e os barões assinalados
que, da Ocidental praia Lusitana,
Por mares nunca dantes navegados
Passaram ainda alem da Taprobana,”

“e também as memorias gloriosas
Daqueles Reis que foram dilatando
A Fé, o Império, e as terras viciosas
De África e de Ásia andaram devastando,..”

Dedicatória

2º “Vós, tenro e novo ramo florescente
De hua árvore, de Cristo mais amada...”

15º “..(Que pólo mundo todo faça espanto)
De exércitos e feitos singulares
De África as terras e do Oriente os mares.”


Consílio dos deuses no Olimpo

21º “...Alto Poder, que só co pensamento
Governa o Céu, a Terra e o Mar irado.(..)”

25º “ (...)Tomar ao mouro forte e guarnecido
Toda a terra que rega o Tejo ameno;”

28º “(..)Já parece bem feito que lhe seja
Mostrada a nova terra que deseja.”

33º “(..)Que mostraram na terra tingitana,
E na língua, na qual, quando imagina,... ”

35º “(..)De silvestre arvoredo abastecido,
Rompendo os ramos vão da mata escura,
Com impito e braveza desmedida,
Brama toda a montanha, o som murmura,
Rompem-se as folhar, ferve a serra erguida: (...)”

Reflexão do poeta

106º “... Tantas vezes a morte apercebida;
Na terra, tanta guerra, tanto engano,
Tanta necessidade avorrecida! (..)
Contra um bicho da terra tão pequeno?”

52º”Cabeças pelo campo vão saltando (..)”

Inês de castro

118º “Passada esta tão prospera vitoria,
Tornado Afonso á Lusitana terra,”


Batalha de Aljubarrota

28º “ Ouviu-o o Douro e a terra transtagana;”
30º”... Derriba e encontra, e a terra, enfim, semeia
Dos que a tanto desejam, sendo alheia.”
31º “...Cavalos treme a terra, os vales soam.(...)”

O fogo de santelmo e a tromba marítima

23º “ Se os antigos filósofos, que andaram
Tantas terras, por ver segredos delas,(...)”

51º “Fui dos filhos aspérrimos da terra,...”

59º “Converte-se-me a carne em terra dura;..”

Reflexões do poeta

95º “Da a terra Lusitana Cipiões,...”

chegada a Calecut VI

92º ”Disse alegre o piloto Melindano:
Terra é de Calecute... ”

93º “Esta é, por certo, a terra que buscais (..)
De ledo em ver que a terra se conhece:..”

94º “As graças a Deus dava,e razão tinha,
Que não somente a terra lhe mostrava...”

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Terra



A Terra não é apenas um planeta do sistema solar é o espaço onde nascemos, vivemos e morremos, é o único planeta no sistema solar com os quatro elementos naturais e essenciais na nossa existência. A terra e nós estamos mais do que simplesmente ligados, nós fazemos parte da terra assim como ela faz parte de nós. A terra normalmente é vista como feminina, a grande mãe, ao cuidar da fertilidade, criatividade infinita ou longevidade. Quando justaposta com os céus, ela representa a matéria, enquanto o paraíso representa o espírito. Como um dos quatro elementos, a terra pode ser chão, estabilidade, a fundação para a vida e natureza. É representada por um cubo ou quadrado com as cores castanho, preto ou amarelo.
Como o terceiro planeta a partir do sol ela tem o símbolo de um círculo com uma cruz dentro e pode representar o berço da humanidade, lar ou o lugar de origem. Junto com o inferno pode conotar o grande fim da vida material, mas pode também sem a mantenedora de tudo. As gerações contínuas na terra nos dá a sensação de eternidade. O homem terreno possui diferentes qualidades e pode incorporar sabedoria, brandura "Abençoado sejam os humildes pois eles herdarão a terra" - faltas humanas perdoáveis e praticidades. Como ciclo da vida de um homem ela representa o nascimento, maturidade, decadência e morte.
Sonhar que está coberto de terra indica que você é parte de um projecto, que você tem uma missão a cumprir. Se a terra é árida e seca, seu sonho indicar que você deve por um pouco mais de entusiasmo nas coisas, que lhe falta forças. Uma outra possibilidade, é que esteja suja e cheia de desperdícios, indicando que você está em um erro e que utiliza recursos equivocados escasseando o que tem a seu redor.
Na Esotérica a terra é um dos quatro elementos que regem o planeta (Terra, Água, Fogo, e Ar). É o elemento dos signos Touro, Virgem e Capricórnio. É simbolizado na alquimia pelo triângulo com a ponta voltada para baixo, cortado por um traço na horizontal.
Religião e filosofia é considerada um símbolo sagrado na maioria das religiões,
incluindo o Hinduísmo e religiões pagãs e neopagãs. Segundo algumas crenças, acredita-se que a terra tenha alguns poderes especiais. A terra é um dos tatwas (5 elementos básicos da natureza). Na religião Wicca a terra é tida como um dos símbolos da Grande Deusa, assim como o pentagrama e o sal.
Nas religiões
neopagãs, como é o caso do Druidismo, da Wicca e da Asatrú também existe a
crença na existência de cinco elementos constituintes do Universo, sendo eles: o Fogo, a Água, o Ar, a Terra e Akasha (a manifestação da energia divina).

No Paganismo
A terra corresponde ao tattwa Prithivi, e é simbolizada pelo quadrado
amarelo. Segundo a mitologia pagã, o elemento terra
foi o último dos elementos a se formar, pois pela sua principal característica, a solidificação, ela integra em si o fogo, a água e o ar. Foi essa característica, segundo a crença pagã, que conferiu uma forma concreta aos outros três elementos. Assim, ao ser criado, criou-se também o limite (entenda-se as leis) do espaço, das dimensões, do peso, e do tempo.

Elementais da terra
Elemental é o nome esotérico dado aos espíritos existente na natureza, também conhecidos como seres mitológicos. Dentre os elementais da terra, que segundo a crença pagã seriam capazes de controlar os elemento terra e o representar, estão:
Gnomos, Duendes, Ninfas, Dríades, Anões mitológicos, Faunos e todos os seres ligados à terra e a vegetação.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Descrição da visita de estudo a Quinta da Regaleira e Palácio da Pena

Onze de Novembro acordei por volta das cinco e quarenta e cinco. Olhei para o meu lado esquerdo onde se encontra a minha janela e olhei para o céu com um olhar perdido nas nuvens, ainda ensonada respirando profundamente. Depois espreguicei-me e tomei coragem para sair dos meus quentes cobertores. Após estar pronta sai de casa com destino a Sintra. Descia a correr a rua que me levava a estação de comboios, e a medida que descia uma brisa suave e fria batia-me no rosto, cheguei a estação de comboios e lá encontrei a Maria fomos juntas para a estação do metro e pelo caminho íamos encontrando os nossos colegas. O nosso grupo aumentava cada vez mais e sempre que o metro parava entrava um rosto que nos era familiar, chegando a estação do rossio, encontramos o resto do grupo e entramos todos no comboio em direcção a Sintra. O caminho era longo mas íamos conversando, tirando fotos, dormitando e admirando o rio, o mar e a terra que nos rodeava.

Finalmente chegamos a Sintra e encontrei toda a minha turma mais os professores e outras turmas que também nos iriam acompanhar. Olhei ao meu redor e senti o ar mais húmido e mais frio, aqui o sol ainda não havia aparecido, continuei a observar e de repente os meus olhos fixaram-se num simples muro velho feito provavelmente de tijolos e cimento, mal tratado com aspecto antigo e abandonado estava decorado com uma linda e vistosa trepadeira de folhas vermelhas, mostrava um contraste tão grande que captou de imediato a minha atenção, uma coisa tão simples e tão bela mas que mais ninguém reparou. Sai da estação do comboio acompanhada pelos meus amigos que caminhavam em direcção a Quinta da Regaleira. No caminho deparamo-nos com um grande largo rodeado por grandes esculturas modernas e coberto por uma densa neblina. Subíamos cada vez mais e a cada passo a névoa se dissolvia no ar e o sol aparecia. Caminhávamos pela estrada subindo as estreitas ruas guardadas por grandes casas e belos jardins naturais que a mãe natureza de encarregou de fazer. Alguns muros que protegiam as casas sustentavam uma cascata de trepadeiras com cores quentes e vivas que nos chamavam a atenção.
Chegamos a Quinta da Regaleira, assim que entrei deparei-me com uma bela mansão que tinha o aspecto de um castelo, era a residência de veraneio da família Carvalho Monteiro uma linda obra concebida em estilo neomanuelino, era fantástica, a sua decoração perfeita e exuberante levava-me para outra época. Tiramos fotografias e íamos conversando enquanto se resolvia a situação dos bilhetes e do nosso guia. Finalmente a nossa guia chegou, era uma senhora grávida com um ar pouco amigável. Esta começou a falar sobre a história da Quinta da Regaleira e como esta tinha sido construída, mas a medida que esta falava não se ouvia paixão nem mesmo entusiasmos na sua voz como se via nos nossos olhos, ficamos todos desapontados pela forma como nos era transmitida a informação, como era possível alguém não se apaixonar por tal lugar? Mesmo assim a falta de paixão na apresentação da nossa guia “robô” não nos conseguiu tirar o entusiasmo do olhar e a nossa caminhada por entre o jardim continuou. Começamos no patamar dos Deuses um belo caminho caracterizado pelo alinhamento de estátuas de divindades clássicas como Fortuna, Vénus, Flora, Ceres, Pã, Dionísio, Vulcano e Hermes cada uma com um significado deferente protegendo aquele belo lugar.
Em seguida fomos até a fonte do Íbis, decorada com pedaços de azulejos e esculturas que representavam o mar, andamos ate a fonte da abundância guardada por dois dragões e decorada por búzios e conchas do mar.
Fizemos uma pausa para admirarmos a paisagem subindo ate as torres com três andares que se encontravam em frente. Quando subi ao cimo da torre os meus olhos brilharam de entusiasmo, vi uma das mais belas paisagens já vistas, vi árvores enormes a minha volta com folhas verdejantes que brilhavam com o sol, podia ver uma névoa por cima de um castelo ao cimo do monte guardado por grandes pedras lisa e uma perfeita harmonia da construção do homem com a natureza.
Passado uns minutos prosseguimos em direcção ao poço imperfeito, era um poço inquietante um pouco sinistro mas belo por parecer natural, infelizmente a nossa guia não nos quis deixar descer pelo poço mas como a bolça da maquina fotográfica da Ana caiu no chão do poço eu e os mais corajosos atrevemo-nos a descer ate ao ultimo andar com a desculpa de recuperar a bolsa caída. A medida que descíamos víamos entradas totalmente escuras que nem a luz do telemóvel conseguia iluminar, vimos também imensas teias de aranhas com o tamanho de uma mão pequena que ficavam imóveis a nossa passagem. Infelizmente tivemos de voltar a subir para continuar o resto da visita, e fomos em direcção ao poço iniciático passando primeiro pela oficina das artes que só observamos de longe.
O poço iniciático era fantástico a sua entrada era uma rocha com forma de elefante que passando por baixo desta nos deparávamos com uma porta de pedra já restaurada e substituída mas com o mesmo método de rotação original que antigamente tinha como objectivo ser secreta. Quando passei pela porta “secreta” deparei-me com uma escadaria monumental feita em espiral, onde levava a minha mente para um clima magico, romântico e fantástico, sentia-me num conto de fadas a medida que descia aquela bela escadaria com vinte sete metros para o interior da terra, da terra onde minutos antes olhava por baixo dos meus pés e que sustentava as arvores e as plantas. O poço era configurado como espaço de sagração, de conotações herméticas e alquímicas, onde se intensificava a relação entre a terra e o céu, pois assim que chegávamos ao fim olhávamos para cima e víamos a espiral da escadaria nas laterais do poço acabando no céu, talvez por isso também era conhecido por “torre invertida”. O chão do poço tinha como ilustração uma rosa-dos-ventos e as suas laterais tinham aberturas com água. Era sem duvida um lugar magico e belo, quase todos saíram e continuaram a andar por entre os caminhos do poço, mas a minha professora de desenho, o Rodrigo e eu não conseguíamos sair de lá de imediato, nós ficamos em silencio como se aguardássemos alguma coisa e passado segundos caiu-nos por cima uma leve e calma chuva de folhas secas douradas vindas do céu, naquele instante o tempo parou, tinha me levando para um mundo magico, as folhas douradas desciam lentamente no ar e passavam rentes ao meu corpo ate pousarem no solo, aquele momento magico veio e foi com os folhas, aquele lugar era sem duvida a ligação da terra e o céu. Com a magia daqueles segundos ecoando na minha mente prossegui caminho pelo túnel atrás dos outros, no caminho descobri outra entrada e em vez de segui-los decidi entrar naquela entrada escura e sem iluminação, liguei a luz do telemóvel e entrei, era uma passagem estreita, com chão lamacento e desnivelado mal via a minha própria mão, mesmo assim continuei pois a minha curiosidade era muita, andei e andei ate que finalmente chego ao fim e para azar o meu aquilo estava bloqueado por uma parede de cimento, andei com tanta expectativa para no fim chegar a um caminho sem saída.
Apressei-me para apanhar o grupo e quando cheguei vi um lindo lago com o nome de lago da cascata, o lago estava coberto por um manto de folhinhas verdes que nos dava a ilusão de terra e por cima desta pequenas pedras redondas com o tamanho suficiente para caber um pé formavam um caminho por cima da água da gruta ate o outro lado do lago e por cima de nos passava uma pequena ponte que ligava a parte de cima da gruta ate ao lado oposto.
Depois fomos ate a gruta da leda onde se encontrava a escultura de nossa senhora, era um lugar calmo cheio de paz mas um pouco escuro, saindo da gruta entramos mais adiante na capela construída com evidências neomanuelinas, com rico programa iconográfico, tendo como tema central o ciclo mariano e cristico, com cenas da anunciação da coroação de Maria e ainda era composto por uma cripta com acesso subterrâneo e com ligação ao palácio.
Quando as outras turmas saíram do palácio entrarmos no piso nobre, e por sorte estava a decorrer uma exposição sobre a arquitectura e sobre a construção daquele edifício dentro do palácio, era enorme com uma entrada decorada pela epopeia dos descobrimentos Portugueses e o arquétipo da Viagem, logo depois a sala de caça dominada pela monumentalidade lareira rematada pela escultura do Monteiro, a sala tem como tema ciclo da vida onde podemos observar a cabeça de um javali esculpida, e outros animais em redor da sala, em seguida tínhamos o Hall da escada que nos dava acesso aos outros pisos superiores, antes de subirmos a escadaria visitamos a sala da Renascença que celebrava a união de Carvalho Monteiro e a sua esposa, saindo da sala em baixo da escadaria encontrava-se a sala dos Reis onde estavam representados vinte reis e quatro rainhas da monarquia portuguesa, saímos da sala dos reis e subimos a escadaria ate ao primeiro piso e assim que saiamos das escadas vimos uma biblioteca falsa que nos dava a ilusão de estar a flutuar no ar devido aos espelhos que se encontravam ao seu redor, era outro lugar magico. Depois de termos explorados todos os cantos e recantos e observado a bela paisagem pela janela saímos do palácio e fomos almoçar. Logo a seguir ao almoço desafiei os meus amigos a explorar os cantos e recantos da Regaleira. Os únicos que alinharam numa exploração com lugares mágicos e misteriosos foram, o Ricardo, a Madalena e o Tiago, e lá fomos nós em busca de aventuras, entramos em grutas que íamos descobrindo pelo caminho, subíamos e descíamos escadas, entravamos pelo meio dos trilhos, descobrimos novas passagens nas grutas e eu como eu ia sempre a frente levava com as teias de aranha na cara. Mas valeu a pena porque nos divertimos imenso e a única coisa que tenho pena foi de ter durado tão pouco, porque depois seguimos em direcção ao palácio da pena. Começamos a subir aquela serra, alguns apanharam boleia de desconhecidos ate ao palácio mas eu e mais alguns amigos decidimos ir a pé. O caminho era longo mas a vista era bela, íamos pela estrada e quando podíamos cortávamos caminho pela floresta, eu ia a frente entrando pelos trilhos e aproximando-me cada vez mais do outro grupo adiante, as árvores ao meu lado faziam um túnel por cima da estrada e grandes pedras lisas ao lado das grandes árvores as vezes nos impediam de cortar caminho.
Víamos grandes aranhas ao lado da estrada talvez ate maiores do que aquelas que encontramos nas grutas, mas não se mexiam mantinham-se imóveis ignorando-nos por completo.
Por fim chegamos e depois de termos subido ate ao palácio conseguíamos avistar o por do sol por cima do mar, tínhamos um belo horizonte com os últimos raios de sol. Sentamo-nos todos ao lado das muralhas a desenhar e a tirar fotografias quando de repente surge um manto de nevoeiro que cobre toda a paisagem das árvores e paisagem ao nosso redor.
Não conseguia ver quase nada de longe então aproximei-me do portão onde se encontrava o tritão para observar a sua decoração mas o frio aumentou tanto que decidi acompanhar um outro grupo com uma boa professora de história já que a minha andava desaparecida. Entrando no interior do palácio seguimos um percurso já montado para visitantes, o caminho era quase sempre a direito ao contrário do palácio da Regaleira que era muito mais entusiasmante. Vimos as salas que compunham o palácio, a sua decoração, pinturas, objectos pessoais e móveis, o único problema era que os corredores eram muito estreitos e não podíamos demorar muito tempo a observar os objectos. No fim da visita desce-mos por outra rua mais curta mas já escura ainda com energia para correr e saltar ate a estação de comboios.